quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Please Wake me!

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Manual Asa de água de entendimento mútuo.



Imagine a cena: "um amigo seu para a sua frente, olha dentro dos seus olhos de forma amistosa e convidativa, sorri um sorriso espontâneo, daqueles que você exibe quando pretende dar uma boa notícia, aperta sua mão e diz: 'aqui tá quente, aqui tá frio'".

Caso isso já tenha acontecido com você e fez com quem você saisse desnorteado achando que nada na sua vida fazia mais sentido, acalme-se. Depois de muitoas madrugadas em claro, e muitas idas e vindas entre axé, funk, dicionários e gramáticas, consegui entender o que isso quer dizer. Não que seja algo muito complicado, na verdade é bem simples quando se conhece o código, mas poucos são aqueles que realmente entendem o Código Secreto de Comunicação de Durval Lélys, vocalista do Asa de Águia.

O exemplo lá de cima adveio de perceber o que diz a letra de "dança da manivela". Caso vocês não se recordem bem da letra, deixo-a no link citado. Como eu disse, é simples. "Eu fui perguntar a ela, meu amor, se a dança da manivela ela topou dizendo que aqui tá quente, aqui tá frio". Tudo bem que ninguém em sã consciência entenderia algo tão meticulosamente arquitetado, mas, quando Durval (ou seu amigo antenado no axé) diz: "aqui ta quente..." ele na verdade está perguntando se você topa dançar a dança da manivela (como supracitado na letra).

É isso mesmo!! Você pergunta a alguém se essa pessoa quer dançar dizendo algo que, aparentemente, não tem nenhum contexto com a pergunta em si. Fazendo referência a temperatura local.

Então, da próxima vez que seu amigo micareteiro disser a você "aqui tá quente, aqui tá frio", não hesite! Diga em alto e bom som: "topo, porque não, vamo cair pra dentro".

Outra que me deixou absurdamente intrigado foi a Dança do Vampiro. Para essa interpretação precisarei um pouco da imaginação de vocês.

O Eu-lírico (que para facilitar chamarei de Durval) começa a letra dizendo: "você é o amor que eu sempre quis ter pra mim." Isso só me faz acreditar que ele ama sua namorada (peguete/lance/pentada violenta.. seja lá como se chama). Prossegue dizendo "coisinha sensual me despertou fazendo assim. por isso mexe a bundinha bem devagarinho. vai descendo, vai subindo". Bom, aqui vale a primeira de muitas ressalvas. A "coisinha Sensual" (a namorada) despertou o Durval (que aparentemente estava adormecido) fazendo "assim". O que é "assim"? "Assim" parece ser algo indescritível que só a "coisinha sensual" é capaz de fazer. Durval completa dizendo que pelo fato da "coisinha sensual" tê-lo despertado fazendo "assim", você (ele ou qualquer pessoa) deveria mexer a bundinha bem devagarinho, ir descendo e ir subuindo. Ainda estou tentando chegar a uma teoria sobre o porque desse comportamento, mas acredito que deva ter algo a ver com aquilo que a coisinha sensual fez ao despertá-lo.

Agora a música toma um novo rumo. Durval diz, logo após pedir para todos mexerem a bundinha, que a "gatinha põe o dente no pescoço do rapaz, na dança do vampiro você se satisfaz". Logo pude perceber que se tratava de um relacionamento aberto, já que, após afirmar que a "coisinha sensual" o despertou fazendo algo incrivelmente indescritível, tão incrível que é necessário que todos mexam a bundinha, e de também afirmar que ela era o amor que ele sempre quis ter para ele, ele abre mão de sua possessividade e pede encarecidamente a menina "põe o dente no pescoço do rapaz". um exercício de desprendimento em prol da pessoa amada (que aparenta ter fetiches estranhos com vampiros) já que, nessa dança erótica, quem se satisfaz é ela.

E é antes do refrão que Durval abre o relacionamento, indicando que todos deveriam se soltar também e deixar a menina botar o dente em seus pescoços ou botar os dentes nos pescoços de outras pessoas quando diz: "levante a mão, entre no clima, batendo palmas só pra ver como é que é". Fica claro que Durval pede a todos para darem uma de "João sem braço" batendo palmas (o que sem dúvida é algo muito difícil, principalmente para o pobre do João), e ver no que dá. Sua menina tá ali, querendo pescoços no que, pelo visto, é uma suruba crepuscular.

Mas, para aqueles que pensam que Durval é um depravado desprovido de sentimentos por deixar sua "coisinha" a mercê de dentes alheios, não se iludam. Como já foi dito, ele queria tê-la, não dividi-la. Faz isso somente para satisfazer a menina nifomaníaca. E seu descontentamento e desaprovação com tais atitudes são expressas de forma bem clara no refrão (parte mais importante da música) quando Durval diz: "ô ô ô ô ô ô, que terror. ô ô ô ô ô, é a dança do vampiro". Entende-se que ele acha toda aquela dança gotico-erótica algo abominável, aceito apenas porque a menina gosta e desperta ele fazendo "assim".

Acredito que ficou bem clara um pouco do "Código Secreto de Comunicação de Durval Lélys". Para poetas amadores do axé, que acham que as letras de duplo sentido tem que ser bem diretas, um recado: melhorem suas escritas, pois, ainda em ativa, está um dos maiores poetas do axé baiano existentes no pais.

E tenho dito!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vê se você lembra porque eu to com anemia.

Como já dizia o velho deitado: Quem lembra muito esquece pouco. E eu esqueço tudo. Chego às raias de esquecer compromissos inadiáveis. Aliais, não só esqueço como marco outras coisas pro mesmo dia, pro mesmo horário, indiscriminadamente.

Certa vez, eu havia combinado com todos os meus 5 amigos para irmos a alguns lugares distintos em uma sexta-feira. Sendo que os amigos eram de grupos diversos, e não interagiam entre si, até os locais eram distantes (tipo Lapa e Bangu). No frigir dos ovos malemolentes, fiquei em casa, vendo Pânico na TV reprisado...

A anemia é uma doença crônica, como a amnésia. Doença, esta última, que me faz não lembrar de coisas essenciais como por exemplo a forma como se escreve essenciais (eu amo o corretor do Word), ou datas importantes, ou até mesmo que tenho que comprar café porque ele acabou e só percebo quando faço café (às duas da manhã) e tudo está fechado. O facto de tratar amnésia por anemia é puramente ilustrativo e surgiu de um lapso momentâneo da razão (que é um cd do Pink Floyd) no qual esqueci como se dizia o nome daquela doença que esquecemos as coisas. Anemia nível 10.

Bom, back to the main point, eu esqueço. Esqueço até que tenho que dormir, que tenho uma casa ótima em São Pedro da Aldeia, esqueço que tem panela no fogo (um dos motivos pelo qual eu não cozinho feijão), que estou com o pc ligado. Esqueço tudo. Até posts do bloguin querido.

Eu tive idéias ótimas para escrever posts geniais. Mas ficaram todos em algum buraco cego da minha mente. Não sei se existe vórtex de pensamentos, mas se houver, certamente ele habita em algum local entre as sensações de cheiro e paladar do meu cérebro. Esqueço tanto que bloqueei alguns fatos importantes da minha vida que gostaria de não ter esquecido. Como por exemplo toda a minha 5ª série ginasial (atual ensino fundamental), todos os anos de 1993 até 1996, grande parte de minha infância saudosa e alguns acontecimentos recentes. Só não esqueço desgraças (sou capaz de citar todos os tocos que tomei, todas as pessoas que perdi e todas as manias feias que tenho).

Mas tem uma coisa que não esqueço. As pessoas que amo. Todas elas. Desde a primeira (Mara, meu primeiro beijo que segundo alguns foi precoce, com 6 anos) até minhas amigas queridas, meus irmãos inseparáveis, sem falar nos Rangers, o grupo especiais de 6 melhores amigos. Esses eu nunca esqueço. Mesmo porque eles estão sempre rondando minha vida. De resto, esqueço mesmo. Esqueço até a frase que tinha projetado pro fim desse post. Então vai terminar assim. Fim.

Ps.: eu preciso de uma agenda... se marcarem compromisso comigo, me lembrem, porque, como diz o título do post, vê se me lembra porque eu to com anemia.


Post feito ao som de Franz Ferdinand, cujo show eu gravei na MTV mas sempre esqueço em que fita está.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

já não sei se é pior com você ou sem.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Speed Racer

"De dentro do meu carro eu vejo a chuva, o sol, o vento, e as núvens dando voltas na lagoa e eu penso: 'a vida nem sempre é boa'"