terça-feira, 10 de julho de 2007

Brasil na final da Copa América.



O torcedor brasileiro na sala, satisfeito com o resultado, vibrava a cada gol de pênaltis, gritava com os erros e torcia, como era o esperado, efusivamente pela vitória. Sim, ela veio. Mas com muito mais suor que o necessário. Um jogo onde o Brasil dominava completamente nos primeiros quinze minutos e que começou a perder quando o Uruguai começou a explorar as laterais dos campos. Não à toa, pelas laterais surgiram os dois gols do Uruguai, primeiro com Forlan e depois com El Loco Abreu. O Brasil tocava bola, girava, tentava tabelas, mas nada de extraordinário como nosso torcedor na sala esperava.

Ou não esperava. Porque desde algum tempo não se espera uma seleção extraordinária. Talvez desde 1986 não se espere uma seleção maravilhosa porque seleções maravilhosas como a de 82 perdem a copa. Assim foi até 2006 quando se esperava sim uma seleção de encher os olhos. Mas ela não veio (ou não foi) e o Brasil novamente perdeu a copa. Com isso não se vê mais a diferença entre seleção ruim e seleção não tão boa. Essa seleção que aí está apesar de chegar a final da Copa América não possui grandes méritos. Que mérito há em ganhar do Chile por 6 a 0? E que grandes feitos ganhar o Uruguai nos pênaltis? Ganho, aliais, na sorte e na omissão do juiz que deixou os goleiros avançarem até quase a linha da pequena área, como no caso do pênalti batido pelo Lugano e defendido pelo Doni (que falhou no primeiro gol do Uruguai e que não teve mérito nenhum nos pênaltis defendidos).

Posso estar sendo duro com a seleção que chegou a uma final de um torneio importante, mas é como dizer que o time do Flamengo tem condição de ser um dos quatro primeiros do campeonato Brasileiro porque ganhou o estadual em cima do melhor time brasileiro atualmente, o Botafogo. Mas em verdade, nas eliminatórias, com jogos em casa e fora, com um ano e meio de duração será difícil conseguir a classificação com esse tipo de futebol apresentado.

Até lá teremos a volta de Káka, Ronaldinho Gaúcho, do Fenômeno (esperamos) que iram se mesclar bem a essa juventude de Robinho (o único irrepreensível) e Diego. Não sabemos se eles se unirão bem a Dunga e sua mania defensiva de meio campo, esquecendo que são nas laterais que se formam as principais jogadas que causam unhas ruídas em nosso torcedor do sofá. Um Alex fora de forma, e um goleiro sem segurança que rebate qualquer bola para dentro da área, coisa que, não precisa ser o Leão para saber, não se faz. Quem sabe do futuro?

Eu sei do próximo jogo. Aliais, não sei.... Desse México tomamos 2, da argentina, de quanto perderemos jogando assim. Acho que fui duro com o Brasil sim. O time tem chances de se classificar para a copa. Chances não, aliais. O time está praticamente classificado. Porque pegar Equador, Venezuela, Chile, Uruguai não é pegar Atlético Paranaense, São Paulo, Grêmio. Ir pra copa é mais fácil que ser campeão brasileiro. Mesmo mal das pernas.

E que venha seja lá quem for.

Segura o coração torcedor da sala. A seleção do Dunga ta aí.

Um comentário:

[sic]. disse...

Eu tava bêbado, não vi o jogo e torci pra Argentina.