segunda-feira, 16 de novembro de 2009

We belonged to a bird
Who cast his shadow on this world
You were a blessing and I was a curse
I did my best not to make things worse, for you
It isn't true

domingo, 15 de novembro de 2009

Quem perde?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tormenta.

Barroco, como teatro
como igreja
como escultura
como Compostela
como idade média
como gregorianos
como Ouro Preto

Cansei de ser moderno
mas não há nada mais moderno
que negar o próprio ser.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cada macalho no seu gaco

Nem eu sei
pensar
eu danço minhas cordas bambas
sambo num pé só
pra ver se despedaço
pra ser desesperado
nem sei

Fulano de cima
falou que eu não tenho direito
ou será que me disse o contrário?

cada macalho no seu gaco.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Timidez

Cruzando essa linha tênue entre
Não
Não cruzando linhas
Mantendo posição
Compondo defesas em um jogo de guerra
Que só tem sentido em 1984
Tomando partido
Dançando
Entre lá e cá do muro
Brilhantemente
Esquivando
Sem tocar o solo
Em vôo salto
Alto
Daqui pra'lí... Sem ir
Sem voltar
Parado no mesmo lugar.

Te vejo em fronte
No front
Esperando um ataque
Ou uma rendição
Não sei bem o que fazer
Não sou desses
Não sou bélico nem feriado
Não sou mestre
Não sou coitado
Rima pobre de quem sou eu
Eu ainda não sei.

Ah, bobagens da tarde
Pensando aos montes
Porque essa é a linha
Esse é o caminho
Assim me foi dito.
Ou não.
Ou não sei mais o que fazer
Daqui sentado, meus estados
Fecham fronteira
Embargam alfândegas

Objetivo: conquistar territórios?
Nem se eu tivesse chances.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Enquanto isso...

Blog reestruturado, muita coisa mudou desde a última postagem. O mundo caminha e eu continuo aqui, me achando certo, mas podendo estar errado. Dentre tantas coisas que gostaria de falar, nada que importe de verdade. Esse poderia ser um ótimo espaço para fazer propaganda da minha banda, ou para falar da minha vida particular, mas não foi com esse intuito que o blog foi criado, então vou falar frivolidades que é o que realmente existe de interessante nesse momento.
“A Segunda Guerra é uma mentira contada pelos vencedores” – diz a Super desse mês... como se ninguém soubesse que o pós-guerra contado a todos nós foi mais uma campanha americana pró-capitalismo. Depois de dias resolveram revisitar a maior guerra já vista pela humanidade. Grandes coisas, muito mais gente morre por conta da fome e falta de água e saneamento no mundo e ninguém revê certos conceitos idiotas de consumo. Quem sabe depois de 70 anos do fim da água potável alguém estude historicamente as causas e aponte novas formas de se olhar o declínio da civilização humana como raça superior...
Tá, discurso ambientalista não, né, Lean... sabe como é.. trabalhando na Secre.. (opa, nada de discurso pessoal). Vamos falar então de futebol..
É, os times cariocas vão mal.. mal das pernas e do bolso. O melhor é o Vasco que é líder.. da segunda divisão.. parece que o barco ta afundando cada vez mais para nós.. o que tem mais a dizer? O que muda? Verdão na ponta (com Muricy), São Paulo vivo como nunca, Inter, Goias (que sempre faz boas campanhas e nunca chega a lugar algum), algum time do interior de São Paulo (onde jorra dinheiro não se sabe de onde..), enfim.. tudo igual no cenário futebolístico tupiniquim. Não dá nem pra falar muito...
Fórmula um.. Rubinho prestes a ser novamente vice campeão mundial.. e olha que o Shummy se aposentou faz tempo.. ainda tentou voltar o coitado, mas o pescoço impediu.. uma pena..
A política vai bem, obrigado, com senadores em apuros e tudo. Parece até novela..
E por falar em novela, acaba hoje mais uma epopéia internacional da Globo.. o alvo agora foi a Índia, como já havia sido o Marrocos e a Grécia. Estereótipos imbecis, vícios de linguagem ridículos que não demonstram nem 1% do que é a cultura indiana, e o pior, ainda mostra de uma forma caricaturada um povo tão sofrido e pobre que mereceria ao menos o nosso respeito. Confesso que não assisti a nenhum capítulo inteiro, até mesmo porque não me interesso por novelas, mas para aqueles que viram, bela perda de tempo vendo o desfecho. Quem casa com quem, quem batem em quem, quem é o filho perdido que retorna para tomar o lugar de direito que foi roubado por um filho falso que se aproveita da perda de memória do anterior... enfim, toda aquela baboseira televisiva de sempre.
Dentro desse mar de besterol, resta meus seriados baixados... How I Meet Your Mother entra em temporada ao mesmo tempo que The Big Bang Theory. em novembro, acho eu, tem especial Doctor Who e ano que vem entra a 5 temporada. A única coisa que me diverte...
E escrever no blog... quem sabe agora, trabalhando com computador o dia todo eu não passe a postar mais aqui.. resta saber se terei assunto.. resta saber se a vida não ficará girando como acontece a tempos.. resta saber se vou conseguir caminhar de verdade.. (opa... nada de discursos pessoais..)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson - 1959 - 2009



No dia seguinte, após um longo banho, eu me pus a pensar a perda que o mundo sofre com a morte do maior ícone Pop da história da música. Michael deixa o mundo com a sensação que alguma coisa além da própria figura humana se foi. Alguma essência, talvez, da própria humanidade se esvaiu por aquele carro dos bombeiros saindo da mansão (uma delas) de L.A. E o que poderia ser? Para falar a verdade, depois do longo banho ao som de Billie Jean, não faço ideia.

Michael Jackson, como músico pop, dançarino, performer e cantor já havia se tornado obsoleto há alguns bons anos, décadas, para falar da sobriedade do meio de 2009. Seu auge, que agora parece tão próximo a nós, ocorreu há muito tempo; um tempo de ilusões e fantasias que não sobreviveu ao imediatismo da década 00. Michael é de um tempo onde os mitos se formavam, reinavam e deixavam o mundo para um local intocado e sagrado, vide como exemplos Kurt Cobain, Janis Joplin, Jim Morrison. Mas ao contrário desses, fica claro que Jackson já havia esgotado seu poder de criação e, assim como Elvis, vivia a sombra do que foi um dia. O músico-dançarino-performer-cantor tinha ficado imortalizado, como na capa de seu álbum History, quase uma lápide em homenagem àquele que foi o maior dos maiores no pop mundial.

Depois dessa “morte artística”, sobraram os escândalos, as polêmicas, os filhos, as piadas. É inevitável que uma figura tão totêmica não se torne piada após o auge. Mas diferentemente de outros artistas mais “fracos”, essas piadas e brincadeiras não diminuíram o passado glorioso dele. E isso só foi possível porque o passado glorioso já era história. É como se Michael já tivesse morrido como artista e renascido como essa figura branca, sem nariz, que pendura filhos pela janela e abusa (há quem diga que não) de crianças. A revolta (se é que houve) da opinião pública com certas atitudes de “popstar” de Michael se restringiu a essa nova pessoa que surgiu com a morte do artista. O Mito permaneceu intocado em suas danças, sua voz, seus olhares.

Mas o destino dos grandes é tão absurdo quanto as fatalidades da vida. Michael havia agendado 50 shows em Londres no que seria a sua despedida, justamente dessa fase mítica. Uma despedida tardia, já que o mito havia se formado décadas antes e no momento ele era apenas um espectro cadavérico do que foi um dia. E em sua necessidade de provar (como se ele precisasse) que merecia a coroa a ele delegada, estava ensaiando exaustivamente, ao que dizem, suas danças e cantos para encantar uma última vez o mundo com sua beleza de artista pop. Tentativa que foi interrompida por uma parada cardíaca de um ser humano que possuía doenças que não conhecemos e que fizemos questão de ignorar e satirizar (ou algum de vocês realmente acreditou que ele quis ficar branco?).

A morte do homem Michael completa um ciclo bizarro do showbizz, um artista nasce, cresce, decai, morre e morre. Alguns nascem, crescem e morrem, outros nascem cres..., morrem. Mas com ele aconteceu uma peculiaridade, como não poderia deixar de ser: Michael, nasceu, cresceu,cresceu, cresceu, tornou-se mito, decaiu e se tornou algo que não era aquela criança cantando Ben, se tornou algo que não era aquele jovem de Don´t stop ‘till you get enough, nem aquele homem mal de Thriller ou Bad. Michael se tornou alguém que poderia morrer. E morreu como grande artista, envolto em polêmicas e dúvidas.

O que resta é pensar: e daqui pra frente. Num mundo que não cultua mitos, que não cria referências eternas. Com quem vamos dançar? Em quem vamos acreditar. Não se preocupe. O verdadeiro Michael Jackson esteve e sempre estará aí. Não aquele que morreu, mas aquele de seu auge. Assim como Elvis, em breve, surgirão boatos de jogada de marketing, que tudo não passou de uma grande farsa. Porque o Michael que todos aprendemos a amar não morre. Nunca morrerá. Basta ligar o rádio em alguma FM neste exato momento e você poderá ouvi-lo dizer em alto e bom som que estará aí, que é só chamar o nome dele e aí ele estará.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Forte

aponta sua luz
indica um caminho
me mostra
eu preciso


cada traço, abraço, laço, maço, terraço,
cada amasso, descaso, cansaço,
toda a vida por um fio
nesse frio
eu ainda amo

mas dói.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

listas

Cinco músicas que eu não canso de ouvir atualmente
I´ll fight - Wilco
No Line on the Horizon - U2
Intelectuais na hora do Rush - Ice Age Comin'
Peut-Etre Une Angine - Anaïs
Make me feel like Doris Day - The Josephine Wiggs Experience

Cinco músicas com solo que eu amo
Impossible Germany - Wilco
Since I´ve been lovin' you - Led Zeppelin
Oh my God - Kaiser Chiefs
Tender - Blur
Champagne Supernova - Oasis

Cinco músicas de bandas independentes que eu ouço felizão (Amigos, não é classificação, ok)?
Vadia - Os Azuis
Reveillon - Ecos Falsos
Agora eu perdi o amor pelos meus dentes - The Feitos
to planejando - Rockz
Tatuí - Os Invisíveis

quarta-feira, 25 de março de 2009

Radiohead Rio - 20/03/2009



I´m not here. this isn´t happening

Há algum tempo atrás eu escrevi um post com uma resenha sobre o In Rainbows no qual eu dizia que: "Uma viagem a um lugar mágico onde a chuva dá o tom da ambiência, onde a felicidade é relativa, onde a música é relativa, onde a venda é relativa". Bom, acho que meu tour por In Rainbows se encerrou no último dia 20 de março de 2009 na praça da apoteose, Rio de Janeiro.

Não vou me demorar falando sobre o show, na minha opinião, burocrático porém emocionante do Los Hermanos nem do maravilhoso espetáculo audio-visual do Kraftwerk para não perder o foco que acredito, 87% das pessoas que estavam lá tinham. O grande show da noite. Radiohead.

Dj tocando Reggae, toda aquela tensão no ar. Eu não acreditava até o último segundo. Quando os aplausos explodiram e ouvi as batidas que anunciavam 15 steps. Era verdade. E eu estava lá. As danças frenéticas de Thom, os pulos descompassados de Collin, a esquisitice suave de Jonny, a felicidade incontida de Ed e a precisão séria e britânica de Phil. Tudo lá, com suas luzes, suas câmeras de palco, seus aparelhos eletrodomésticos que produzem som. Parecia que eu estava de frente a minha televisão assistindo a apresentação deles em St. Barbara, ou no Japão, todos os lugares, menos no Brasil.

Airbag, com seus riffs absurdos, rasgaram a membrana da dúvida. Realmente não era um sonho. O que foi impressionante foi a fúria das guitarras e o sorriso de Ed’Obrian que parecia realizar um sonho tanto quanto quem estava na platéia. Ao fim das músicas os tambores colocados ao lado do palco já anunciavam que viria mais um momento único. Aliais, esse show por si só, já era um momento único, pautado por pequenos sonhos. There There e sua sombria harmonia invadiram nossos ouvidos como uma flauta indiana a cobras que balançavam ao som das batidas e das guitarras.

Fôlego... fôlego... All I need. Uma das músicas que eu considero mais bonita do In Rainbows. Com o clima das luzes terminou o processo de hipnose iniciado em There There. Éramos agora, na praça da apoteose, uma massa uniforme de notas, sinos, paixões e lágrimas.

Thom pega um violão e todos pensam “o que virá agora?!” e para surpresa de todos, Karma Police pode ser ouvida de forma clara em suas primeiras notas para delírio dos fãs. Nesse ponto, uma nota: no término da música, quando todos extasiados batiam palmas, comecei a cantar o refrão final, a comoção tomou os que estavam em volta e logo toda a apoteose estava cantando o refrão final, o suficiente para Thom voltar e cantar conosco. Perfeito, principalmente pra mim que iniciei isso.

Nude e seu baixo marcado nos tirou do chão e em seguida weird fishes nos sacudiu no ar num espetáculo não só sonoro, mas de luz também. Quando todos tentavam se recuperar, um rádio sintonizado em alguma rádio evangélica anunciava o que estaria por vir. The Nation Anthem e suas sirenes vermelhas abalaram as estruturas do palco do samba com tensão e ritmo. Logo depois a música que eu esperava ouvir desde a tour do hail to the thief. The Gloaming, dançante, eletrônica, viva. Thom e seus trejeitos... suas danças... um sonho.

Faust Arp linda como sempre, irrompeu do meio do palco por Thom e Jonny com seus violões magicamente perfeitos. E sem surpresas, após essa beleza de balada, No Surprises. Outra balada pra acalmar os corações mais furiosos por pular. Mas esses não imaginavam que logo após esse momento de pausa e braços para o alto viria Jigsaw Falling into Place. Pra pular, cantar junto. Emendada com Idioteque fizeram o trecho mais dançante do show.

Quando eu já me preparava para deixar de acreditar em outros deuses e reverenciar o Radiohead como o show mais perfeito que eu assisti, uma pedrada me deixou atordoado. I Might Be Wrong... eu não acreditei! Uma das minhas preferidas. Amnesiac. O disco que eu mais gosto do Radiohead.

Depois desse momento não havia sanidade que se recuperasse. Thom pega seu violão e toca os primeiros acordes de Street Spirit (Fade Out) e a certeza de que não há mais nada além daquele momento no mundo, me assola. Nem os acordes furiosos de Bodysnatchers são capazes de me atentar que existe matéria além das fronteiras do som do Radiohead. How to Disappear Completely fecharou a primeira parte do show com maestria. Poderíamos todos termos ido embora naquele momento. Já teria sido o show mais maravilhoso aportado no Brasil nos últimos anos. Mas queríamos mais, e eles nos deram mais.

O primeiro bis começa com o piano no meio do palco e os primeiros acordes de Videotape dão a impressão que não haveria como o show ficar melhor. Mas havia como. E eles sabiam como. Paranoide Android foi a resposta a quem acreditava que existe um máximo para a beleza de um show. Rain down cantado por 24 mil vozes, show de luzes... Sem palavras.

House of cards fez sala para que pudéssemos olhar pro lado e dizer “cara, o que eles estão fazendo. Eu vou morrer aqui! Ninguém pode ser tão feliz”. Mas pode sim. E o Thom provou isso ao puxar os primeiros acordes de Just. Nova onda de insanidade no Rio de Janeiro que só terminou ao fim dos últimos samples em Everything in it´s right place. Bom. Agora acabou! Eles sempre terminam com Everything. Acabou agora né?! NÉ?!

Não! Piano no meio do palco. Anúncio “Esta é por todas as vezes que a América do Norte tentou fuder com vocês” e (!!!!!) You and Whose Army(!!!!). Eles leram meu pensamento?! Depois disso eu esperava qualquer coisa. Queria que acabasse o mundo. Porque não haveria felicidade maior. Reckoner me fez pensar em como eu viveria depois daquilo. E para finalizar, como eles não poderiam deixar de nos fazer chorar, Creep invadiu nossos ouvidos de forma inesperada e extremamente emocionante, com sua brancura e simplicidade violenta. Um grito para todos que estavam ali, um pedido de ajuda, uma mão amiga, tudo!

Luzes apagadas, agradecimentos, e estava findada a saga. Saí do show com a certeza de que em nenhum lugar do mundo, naquele momento, haveria alguém tão feliz quanto eu. E a certeza de que demoraria muito tempo para que eu fosse feliz novamente. Talvez com uma nova vinda do U2 ao Brasil, quem sabe. Quem sabe ao menos dessa vez eu consigo assistir um show deles. Eu não acreditava mais no Radiohead por aqui e aconteceu. Aconteceu! Isso tudo que eu relatei. Queria que o tempo parasse. Queria desaparecer completamente e nunca mais ser achado após o show, ou ao menos ter dinheiro para acompanhá-los por toda a tour sul-americana. Pela Europa, pelo mundo.

Ainda ecoa por meus ouvidos o som, ainda ouço de longe... everything... in it´s right place....



sexta-feira, 20 de março de 2009

Radiohead


Talvez seja só mais um dia. mais um show... talvez

quarta-feira, 18 de março de 2009

Como uma música da Legião Urbana

é como eu me sinto
e olha que isso é bastante significativo...

domingo, 15 de março de 2009

comentário

já dizia o ditado

comenta quem pode
obedece quem tem juízo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

E se

E se o mundo
de uma hora pra outra
resolvesse acabar?

o que restaria?!


bites de palavras voando em pensamentos espatifados pela incoerência.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Quando chove

é que eu entendo
o quanto dói

domingo, 8 de março de 2009

Something in the way

you know i believe in how!

sexta-feira, 6 de março de 2009

pedaços de mim

como costumava ser assim sem pontos ou virgulas para quem quiser olhar entender sentir veias e artérias pulsantes sincronia em caminhos que me levam e elevam a um novo estágio fora do comum eu relaxo e penso que não ser eu as vezes não é saida mas encaro vinte espelhos antes da próxima cerveja na noite quente como o dia invado sem querer minha privacidade e não reconheço mais aquele que deixei em algum pote em conserva na geladeira quebrada
eu costumava sorrir hoje tento viver

quinta-feira, 5 de março de 2009

Onde estão as estrelas

Um velho debate
entre físicos Quanticos e Relativistas
Onde estão as partículas?
Onde estão as estrelas?

Uma dança cósmica
de densidade infinita
Onde estão as estrelas?
Onde estão as partículas?


De longe eu vejo um brilho pulsando entre quasares e matéria escura. uma energia vagando entre membranas e cordas que vibram no balançar perene convertendo energia em coisa tangível que amamos, odiamos e deixamos para trás. Eu sei. Eu tenho certeza.


não, não sei nada.

quarta-feira, 4 de março de 2009

se fosse

Temer é pouco claro
é fugir
de uma certa maneira

de um certo modo impreciso
eu escrevo torto

e mostro num giro de dança
que sou feliz


quem me dera
ah! quem me dera...

terça-feira, 3 de março de 2009

There Goes my hero

Uma pontada no coração
a lâmina afiada
fincada na alma
brota chuva,
céu racha
Nuvem negra pairando
saindo
voltando
sangue
em veias pela terra
pela madeira
pela lâmina.
Alguém duvida?
alguém se opôe?

um homem.
tornado Deus.

Só por hoje

uma dose

um delírio

penso

não sei.

nunca sei

ao certo

decerto

assim

ser

eu!



mas eu estou tão cansado.

O implícito da arte

Não que eu não saiba como é
ornar, untar, servir-me louco
como um martir sem propósito
não que meus cílios não balancem
quando todo meio vira fim.
sentir é arte
e eu, ator, me sinto fraco
par de folha verde desprendendo
do alto da imaginação
não que eu não saiba o que é
o que você quer
eu até consigo tocar
ver
sentir
daqui, enquanto caem os raios
queimando minhas rugas,
eu sei o que você precisa
e eu quero.
eu sim, preciso.
se eu não posso te dizer
não é porque não quero
é arte
escondida
dentro desse livro.

lê. as entrelinhas.
eu também sinto
só não sei ser.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Frase

Correndo, grunindo. Esses passos que me seguem a caminho de onde.
Cada guia segurando uma nova fonte
Uma forma de não ser.
Saberia começar?
Seria hora?
Será?!